A transformação digital não é um movimento que afeta unicamente a indústria e o mundo empresarial. A sociedade, como um todo já mostra os reflexos da inserção acelerada da tecnologia, principalmente em sua infraestrutura.
Muitas empresas passaram boa parte do último ano se adaptando, uma parcela abriu falência e um número muito menor cresceu sem precedentes. Essas empresas se beneficiam do caos; a crise foi um gatilho para a transformação digital nessas organizações.
Entre demissões, adequação do plano de negócio e diminuição das previsões de caixa, a pandemia demonstrou, na melhor forma ‘do or die’ (‘faço ou morra), que as empresas precisam cada vez mais otimizar o processo de tomada de decisão. A pandemia impôs uma velocidade de mudança, transformação e desenvolvimento em todos os setores e, também, uma capacidade de adaptação às novas ferramentas tecnológicas e mídias digitais.
Na prática isso significa que a inteligência de dados, finanças e visão competitiva são verdadeiros ativos para se adaptar no mercado e promover um crescimento consistente.
A Google apontou em um relatório que, no ano de 2020, o comportamento das pessoas em relação à tecnologia mudou, e isso afetou a forma como elas lidam com a profissão e as áreas de interesse. Conforme o relatório do Fórum Econômico Mundial, The Future of Jobs Report 2018, publicado em setembro de 2018, quatro avanços tecnológicos devem dominar os próximos quatro anos, influenciando positivamente o'ambiente de negócios.
São eles: internet móvel de alta velocidade; inteligência artificial; big data analytics; e a tecnologia em nuvem. Segundo as empresas observadas no estudo, a adoção dessas tecnologias se dará de forma acelerada até 2022, demandando investimentos consideráveis.
Na antiguidade, a contabilidade era usada como ferramenta do povo sumério para inventário de bens e tomada de decisão. Muitos povos expandiram oterritório e conquistaram novos espaços com essa habilidade. A verdade é que,com o passar dos anos, o contador continua exercendo um papel fundamental no posicionamento de mercado das organizações, e a tecnologia tem sido uma ferramenta poderosa.
As empresas, cada vez mais, lançam mão da tecnologia para auxiliar seus gestores no processo decisório e na elaboração de planos estratégicos. Dentre várias alterações, vimos claramente o aumento dos sistemas integrados de gestão empresarial, os ditos ERP, que de uma forma bastante eficiente cruzam dados que foram imputados nos seus mais diversos módulos a fim de gerar relatórios detalhados sobre qualquer aspecto ou departamento da empresa.
Aspectos como segurança, tempestividade e qualidade das informações estão em pauta a todo o momento. Com os dispositivos móveis e a tecnologia em nuvem, temos acesso imediato a um incontável número de informações,pessoas e serviços.
Em 2018 o CFC várias ações com intuito de esclarecer que os avanços tecnológicos devem ser vistos muito mais como aliados do profissional da contabilidade, além de constituírem uma oportunidade de aperfeiçoamento e atualização contínua. Uma ação recente do Conselho Federal de Contabilidade foi criar uma Comissão Permanente para o acompanhamento das mudanças tecnológicas e de sua influência na profissão contábil, buscando analisar e tratar os impactos da inteligência artificial e vislumbrar horizontes para a profissão. A quarta revolução industrial veio para auxiliar a profissão contábil e não destruí-la.
Estreitar as relações entre a profissão e a academia será fundamental para atravessar esse caminho de intensas mudanças com êxito. Já com uma visão de futuro, um dos pilares da gestão do Conselho é investir no aprimoramento da educação e na capacitação dos profissionais.Todo movimento do mercado que requer uma velocidade de adaptação,carrega junto vários elementos de desafio e, se desafia, exige a capacidade de ser flexível. A nova economia exige também adaptação e um protagonismo atento dos profissionais contábeis.